segunda-feira, 4 de junho de 2007

O código Coelho

Não é de hoje que ouço uma amiga, um parente ou um colega da faculdade dizer que esta lendo Paulo Coelho, que já leu Paulo Coelho, que adora Paulo Coelho, enfim, tudo é Coelho. E não é de hoje, também, que ouço vários professores universitários dizerem que odeiam Paulo Coelho, que Coelho não é literatura de verdade, e sem falar nas caretas que fazem ao ouvir “Paulo Coelho”. Então, parei para pensar. Como que Paulo Coelho é detestado pela maioria dos professores universitários, e ao mesmo tempo, é um dos dez escritores que mais vendem livros no mundo? Como isso? Será que é uma leitura para a “massa”? Não, porque conheço pessoas formadas, e muito bem instruídas que também gostam dos livros do Coelho. Então, o que há de errado em seus livros que muitas pessoas do meio acadêmico desaprovam? Alguém pode me responder? Bom, ninguém? Então, eu fui matar essa pulga que estava atrás da minha orelha.
Comecei lendo “Onze Minutos”, um livro picante, bem detalhado nas cenas, não achei de todo mal, mas não era o que eu esperava de um “imortal” da Academia Brasileira de Letras. Dei mais uma chance, “As Valkirias”, livro que conta sua viagem para o deserto, nos Estados Unidos. Tentava conversar com seu anjo, bastante místico, ainda não era o que eu esperava. Fui então, para seu maior best seller, “O Alquimista”, ah, aí sim, dessa vez encontrei o livro que esperava, ou melhor, não esperava tanto, me surpreendi. Pois é, recomendo a leitura, bastante bom, mesmo, não tem como explicar, mas posso dizer que é um livro que, independente da religião, a pessoa ficará pensativa por alguns dias. Olha que não são todos livros que possuem esse efeito sobre as pessoas. Mas se não leram, leiam mesmo, aposto que vão gostar. Bom, depois de ter lido essa bela “obra”, (merece ser chamado assim), ainda li “Diário de um Mago” e o mais recente, “A bruxa de Portobello”, esses dois últimos não me entusiasmaram muito.
Depois de passar algumas horas tentando decifrar “o código Coelho”, cheguei a conclusão de que ele usa uma linguagem simples, por isso a leitura é tão rápida, e para mim, isso não é um ponto negativo, até que é bom, e também, seus temas envolve muito a “magia”. Talvez estes sejam os dois grandes motivos para a classe acadêmica não gostar de Coelho, por preferirem uma leitura mais requintada, um pouco mais planejada do ponto de vista vocábulo e que não falem tanto em religião, santos, anjos e espírito. E pode estar, exatamente, aí, o ponto chave de seu sucesso, hoje há muitos títulos nas prateleiras das livrarias que falam sobre espiritismo, auto-ajuda emocional e etc, que vendem mais do que uma garrafa d’água no deserto. É..., pode ser isso, mas que ele tem pelo menos um livro digno de uma cadeira na Academia, isso tem. Se você acha que não, pense bem, quantos dos “imortais” tiveram um livro tão lido. Pensou? Hum... num falei!?

4 comentários:

bruna.basilio disse...

Bom eu para ser Sincera nunca li Paulo Coelha
Acho que um dos motivos é os seus temas de espiritismo , confesso que não chamam a minha atenção .
Eu acredito que agora mais do que nunca Paulo Coelha vai ser admirado por mim não rs
Afinal agora temos um novela Eterna Magia que esta sendo exibida em uma das grande emissora de TV a GLOBO essa sim tem poder .

Unknown disse...

Ric gostei do seu comentário sobre o Coelho. Tenho a mesma opinião em relação ao livro “O Alquimista”, o único que presta (rss). O que para mim, não o faz um literário do porte que é. Mas, nem tudo é perfeito.
O que é válido é que: só podemos comentar ou criticar uma coisa se a conhecemos, e isto você faz. Acho muito legal seu interesse em aprofundar nos assuntos para então comentá-los.

Ric Basilio disse...

resposta ao comentario de "bruna.basilio":
Bruna, não quero influenciar no que você pensará sobre Paulo Coelho, e espero que ninguém te influencie, mas tire você mesmo a prova, tente pegar alguns titulos mais famosos, no artigo citei alguns. Obrigado por ter postado.
Um abraço
Ric Basilio

Ric Basilio disse...

resposta ao comentario de "cleila":
Pois é, Cleila, se juntarmos todos os livros escritos pelos atuais "imortais", acredito que meia duzia deles podem se juntar com os livros escritos pelos verdadeiros imortais, como Graça Aranha, Aluísio Azevedo, Olavo Bilac entre outros. Muito obrigado por ter postado
Um grande abraço.
Ric Basilio