terça-feira, 19 de junho de 2007

Brasileiros cara-de-pau

Fico impressionado com a cara-de-pau que o brasileiro tem. Apesar de, também, ser brasileiro, (com orgulho, por enquanto), nunca consegui entender porque somos assim. Quer um exemplo? Brasileiro tem a cara de pau de ignorar placas e sinalizações. Assim acontece nas estações de trem. Utilizo o trem toda semana para ir trabalhar, e sempre vejo um(a) infeliz fumando na plataforma, até ai, tudo bem, porque, quase, todo mundo fuma no planeta, mas fumar encostado à uma parede que tem uma placa enorme de “proibido fumar”, e COM FIGURA, é demais. Não tem desculpa. Não sabe ler? Tem uma FIGURA, que é um circulo e uma faixa vermelha que o atravessa, e de fundo, um cigarro, isso significa: É PROIBIDO FUMAR. Mas parece que ninguém sabe, ou melhor, sabe, mas, brasileiro é cara-de-pau. Num ta nem ai. Quer um outro exemplo, ainda do transporte publico? Em todos os vagões dos trens possuem assentos especiais, para idosos, gestantes, pessoas com crianças de colo, e deficientes físicos. Não é que tem sempre um(a) cara-de-Ipê que corre e senta nesse assento, e o que ele faz quando o vagão esta lotado? Pede a bolsa de alguém de sua frente, para fazer volume, para dizer: “olha, estou sentado(a) aqui, mas estou segurando a bolsa de todo mundo, viu!?”, e quando chega uma pessoa que tem preferência pelo assento, esta tem que ficar de pé, até que outra pessoa ceda o lugar. Quer mais um? Isso é mais freqüente em estações onde há integração entre linhas. O povo todo aglomerado na plataforma, o trem nem chegou, mas, já está todo mundo espremido, quase caindo na linha. Ele chega, mal estacionou, as pessoas já vão andando de lado acompanhando a porta, quando ele para, é um Deus nos acuda. Quem estava dentro do trem para sair, é pisoteado ou é levado para o fundo do trem novamente. Sabe corrida de cavalo? Quando abrem as porteiras, os cavalos saem em disparada, não é? Pois então, igual, a diferença é que os cavalos são mais organizados, não passam por cima do outro. Brasileiro parece não respeitar o próximo, isso que, sempre ouvimos nos falantes das estações: - “Não corram; aguardem o desembarque, para embarcar”. Não tem jeito, brasileiro só pensa em si, quer ser o mais esperto, o mais rápido, o primeiro. Para conseguir tal “façanha”, torna-se um tremendo cara-de-pau. Como diz aquele chavão conhecidíssimo nas eleições, do político Osmar Lins: “PEROBA NELES!”.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Tô de mal...

Nesta última quinta-feira, o presidente Hugo Chávez disse que o congresso brasileiro parece “um papagaio que repete o que diz Washington”, logo depois que o Senado em Brasília aprovou um requerimento pedindo que o presidente venezuelano autorizasse o canal de TV RCTV a voltar a funcionar. O governo venezuelano tinha decidido não renovar a concessão do canal, que segue uma linha editorial de oposição ao presidente Chávez, e que teria apoiado a fracassada tentativa de golpe contra seu governo em abril de 2002. As declarações de Chávez causou um verdadeiro alvoroço no Senado brasileiro e chegou até a Índia, onde estava o presidente Lula, e quando soube dos ataques, do que seu “ex-companheiro”, ao Senado, declarou que “Chávez tem que cuidar da Venezuela e eu, do Brasil. No caso do problema do Chávez com a televisão, isso é um problema do Chávez, e não do Brasil”.
Renan Calheiros também respondeu as ofensas do ditador, dizendo que “se não houvesse liberdade de imprensa, não estaríamos discutindo o assunto, porque a democracia, com a globalização, não tem fronteiras”. E para o senador Jarbas Vasconcellos, isso é um jogo para manter o “marketing político”.
Bom, todo mundo já conhece a figura que é o presidente, ditador, humorista e semideus Hugo Chávez, sabemos que ele diz o que quer, na hora que quer, onde quer e seja para quem for, sem importar-se com as conseqüências. Concordo, mas só desta vez, com Calheiros, (sábias palavras, por sinal), isso é liberdade de expressão, temos o direito de nos expressar, sim, pelo menos aqui no Brasil, (coitados dos nossos amigos venezuelanos), mas também quem fala o que quer, ouvi o que não quer. Enfim, com tudo isso, torna-se mais visível que a relação, entre Lula e o “trio parada dura” (Chávez, Morales e Correa), esta cada vez mais estremecida. Se bem que, quem tem esse trio como amigos, não precisa de inimigos.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

O código Coelho

Não é de hoje que ouço uma amiga, um parente ou um colega da faculdade dizer que esta lendo Paulo Coelho, que já leu Paulo Coelho, que adora Paulo Coelho, enfim, tudo é Coelho. E não é de hoje, também, que ouço vários professores universitários dizerem que odeiam Paulo Coelho, que Coelho não é literatura de verdade, e sem falar nas caretas que fazem ao ouvir “Paulo Coelho”. Então, parei para pensar. Como que Paulo Coelho é detestado pela maioria dos professores universitários, e ao mesmo tempo, é um dos dez escritores que mais vendem livros no mundo? Como isso? Será que é uma leitura para a “massa”? Não, porque conheço pessoas formadas, e muito bem instruídas que também gostam dos livros do Coelho. Então, o que há de errado em seus livros que muitas pessoas do meio acadêmico desaprovam? Alguém pode me responder? Bom, ninguém? Então, eu fui matar essa pulga que estava atrás da minha orelha.
Comecei lendo “Onze Minutos”, um livro picante, bem detalhado nas cenas, não achei de todo mal, mas não era o que eu esperava de um “imortal” da Academia Brasileira de Letras. Dei mais uma chance, “As Valkirias”, livro que conta sua viagem para o deserto, nos Estados Unidos. Tentava conversar com seu anjo, bastante místico, ainda não era o que eu esperava. Fui então, para seu maior best seller, “O Alquimista”, ah, aí sim, dessa vez encontrei o livro que esperava, ou melhor, não esperava tanto, me surpreendi. Pois é, recomendo a leitura, bastante bom, mesmo, não tem como explicar, mas posso dizer que é um livro que, independente da religião, a pessoa ficará pensativa por alguns dias. Olha que não são todos livros que possuem esse efeito sobre as pessoas. Mas se não leram, leiam mesmo, aposto que vão gostar. Bom, depois de ter lido essa bela “obra”, (merece ser chamado assim), ainda li “Diário de um Mago” e o mais recente, “A bruxa de Portobello”, esses dois últimos não me entusiasmaram muito.
Depois de passar algumas horas tentando decifrar “o código Coelho”, cheguei a conclusão de que ele usa uma linguagem simples, por isso a leitura é tão rápida, e para mim, isso não é um ponto negativo, até que é bom, e também, seus temas envolve muito a “magia”. Talvez estes sejam os dois grandes motivos para a classe acadêmica não gostar de Coelho, por preferirem uma leitura mais requintada, um pouco mais planejada do ponto de vista vocábulo e que não falem tanto em religião, santos, anjos e espírito. E pode estar, exatamente, aí, o ponto chave de seu sucesso, hoje há muitos títulos nas prateleiras das livrarias que falam sobre espiritismo, auto-ajuda emocional e etc, que vendem mais do que uma garrafa d’água no deserto. É..., pode ser isso, mas que ele tem pelo menos um livro digno de uma cadeira na Academia, isso tem. Se você acha que não, pense bem, quantos dos “imortais” tiveram um livro tão lido. Pensou? Hum... num falei!?